Autogestão na advocacia é um conceito que diz respeito à autonomia e à troca da conhecida “hierarquia” pelo autogoverno no trabalho.

Nesse sentido, ela vem para substituir aquela forma antiga de comando e controle na distribuição de cargos tradicional por uma nova forma muito mais eficiente e eficaz.

Isso porque, com as mudanças pelas quais estamos passando, precisamos de atualizações constantes. Até mesmo encontrando métodos que se adequem e aprimorem a eficiência operacional nos dias de hoje. 

Inclusive, um desses métodos é a Pontuação por Tarefas, que ajuda a promover o autogerenciamento e aumenta a produtividade do escritório. Isso lhe interessa? Então, continue a leitura para entender melhor o tema.

Qual é o conceito de autogestão?

A autogestão na advocacia refere-se à capacidade de os profissionais do Direito gerenciarem suas atividades de forma autônoma. Promovendo, assim, a responsabilidade individual na execução das tarefas. 

Na prática, você analisa o tempo que gasta para realizar todas as atividades durante o dia, organiza todas elas para cumprir melhor os prazos – e isso lhe permite focar nas tarefas mais urgentes e delegar o resto. 

Ainda, a autogestão não pára por aí: A ajuda de tecnologias, como a Pontuação por Tarefas, desempenha um papel crucial no gerenciamento e no controle das tarefas que foram, estão sendo e serão realizadas.

Inclusive, o Taskscore (como é chamado em inglês) proporciona uma visão clara das responsabilidades de cada membro da equipe e motiva os colaboradores a realizar aquelas tarefas mais difíceis a fim de ganhar pontos e benefícios.

O que é autogestão exemplos?

Um exemplo de autogestão é quando você tem na equipe profissionais de diversas áreas, por exemplo: direito, marketing jurídico e comunicação: Eles atuam juntos em determinada tarefa, mas cada um é responsável por realizar sua função.

Já outro exemplo é sobre a relevância dos cargos no escritório pela função essencial que ocupam: 

Mas, afinal, a autogestão só existe no mundo do trabalho?

Quais são os tipos de autogestão?

Os tipos de autogestão não se limitam apenas ao mundo dos negócios. Isso porque existem outras abordagens, que vão desde a autogestão pessoal até a autogestão emocional e social. Entenda.

No entanto, todas elas impactam no trabalho e no resultado dele, sendo uma palavrinha essencial para adotar nos dias de hoje.

ebook taskscore pontuação por tarefas produtividade

Como praticar a autogestão?

Considerando que a rotina do escritório é muito dinâmica e requer o gerenciamento de clientes, da equipe e das rotinas e demandas do próprio negócio, saber praticar a autogestão surge como uma solução a toda essa correria.

No entanto, a prática eficaz da autogestão requer a conscientização individual sobre as responsabilidades de cada um e a habilidade de priorizar tarefas de acordo com a complexidade e urgência delas. 

Sendo assim, um facilitador à pratica da autogestão é o software jurídico: Ele permite a organização, o controle e o gerenciamento de todas as tarefas do escritório, além de garantir maior produtividade e eficiência através do sistema Taskscore.

Mas você precisa aprender sobre esse tema, saber como aplicá-lo e experimentá-lo com algum setor, além de falar sobre a ideia com a equipe – claro, sem esquecer a importância de disponibilizar treinamentos a todos.

Qual o objetivo da autogestão?

O objetivo principal da autogestão na advocacia é otimizar os processos internos, que são muitos, resultando em maior produtividade e qualidade nos serviços prestados. Isso por si só já seria um benefício enorme.

No entanto, vai além: Os clientes saem mais satisfeitos e isso resulta em indicações e marketing boca a boca – o que aumenta o retorno e influencia no crescimento do escritório.

Inclusive, vale enfatizar a importância do sistema Taskscore da ADVBOX: além da organização, os escritórios digitais podem alinhar suas metas estratégicas com a execução prática, garantindo um desempenho excepcional acima de tudo

Ou seja, os benefícios são inúmeros e sobressaem em relação ao cenário de um escritório tradicional, com hierarquia, sem processos organizados e sem uma metodologia ágil para controlar e corrigir falhas de gestão.

Quais os princípios de autogestão?

Os princípios da autogestão na advocacia incluem a transparência nas atribuições de tarefas, a responsabilidade individual, a flexibilidade e a capacidade de adaptação às mudanças. 

Isso porque você concede a autonomia nas decisões ao mesmo tempo em que define as regras, os critérios e as permissões com base na responsabilidade atribuída a cada colaborador.

Desse modo, os princípios da autogestão englobam:

No entanto, todo o trabalho vai muito além. Mas isso não quer dizer que não compensa. Aliás, o ponto positivo é que os benefícios também vão muito além, principalmente para os escritórios digitais.

Quais são as características de autogestão?

As características da autogestão na advocacia abrangem a autonomia na tomada de decisões, o autogoverno, a colaboração proativa e a melhoria contínua. 

Nesse sentido, a autoridade se dá pelo contexto e pela qualificação das pessoas em cada assunto. Portanto, no lugar da hierarquia, há alternância de poder e revezamento de lideranças.

Desse modo, em nosso ponto de vista, a autogestão engloba:

Inclusive, novamente a Pontuação por Tarefas se destaca ao proporcionar um ambiente digital que favorece o desenvolvimento dessas características, transformando a gestão de casos em um processo muito mais fluido e eficiente.

Um salto na modernização dos escritórios digitais

A autogestão na advocacia, juntamente com a Pontuação por Tarefas, representa um salto significativo na modernização e na profissionalização dos escritórios digitais.

Inclusive, ao aproveitarmos essas funções dentro de um software, como o da ADVBOX, conseguimos medir a produtividade e acelerar o crescimento do escritório, por conta desse e de muitos outros benefícios.

Nesse sentido, ao adotar esse pacote completo para o sucesso, os profissionais do Direito melhoram a eficiência operacional e fortalecem a qualidade dos serviços prestados, consolidando-se como referência em um mercado cada vez mais dinâmico e competitivo.

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O trabalho intelectual do advogado está se adaptando às mudanças tecnológicas e às novas demandas do mercado. 

Sendo assim, uma das profissões mais tradicionais e respeitadas, está passando por uma transformação significativa, para se adequar aos novos tempos.

Conforme a própria Constituição Federal de 1988: “o advogado é indispensável à administração da justiça, sendo inviolável por seus atos e manifestações no exercício da profissão, nos limites da lei”.

Neste texto, exploraremos as características essenciais ao intelecto desse profissional na era digital e como o software jurídico desempenha um papel fundamental nesse cenário.

O que é um trabalho intelectual?

Segundo o Dicionário Priberam, a palavra intelecto tem origem etimológica do latim intellectus e significa percepção, conhecimento, entendimento, arte, ciência.

No contexto jurídico, o trabalho intelectual refere-se à aplicação do conhecimento legal, da análise crítica e do raciocínio jurídico para resolver questões legais complexas. 

Afinal, os advogados são especialistas em interpretar e aplicar leis, regulamentos e precedentes legais para aconselhar e representar seus clientes, não é mesmo?

Esse tipo de trabalho difere fundamentalmente do trabalho manual, uma vez que se baseia na percepção de pensamentos, em oposição à execução de tarefas físicas.

Quais são os tipos de trabalho intelectual na advocacia?

Na advocacia, existem vários tipos de trabalhos intelectuais, cada um desempenhando um papel fundamental na prestação de serviços jurídicos. Estes incluem:

1. Pesquisa jurídica

A pesquisa jurídica é a espinha dorsal das atividades intelectuais de um advogado, envolvendo a análise detalhada de instruções, doutrina e disposições legais relacionadas aos casos. 

Afinal, isso é essencial para entender como leis e regulamentos se aplicam a cada situação em particular. 

O avanço tecnológico facilita o acesso a vastos recursos, agilizando a pesquisa e permitindo que os advogados construam argumentos sólidos baseados em informações atualizadas.

2. Elaboração de documentos jurídicos

A elaboração de documentos jurídicos é uma parte essencial do trabalho do advogado e abrange a criação de contratos, petições, pareceres legais, acordos e outros documentos importantes. 

Por isso, a automação desempenha um papel crucial nessa área, como o uso de software jurídico para economizar tempo e evitar erros comuns em documentos legais.

3. Negociação

Advogados frequentemente atuam como mediadores em negociações legais e facilitam acordos entre as partes envolvidas em disputas ou transações legais. 

Portanto, a negociação é uma habilidade-chave, e os advogados muitas vezes se baseiam em dados e análises para tomar decisões estratégicas durante esse processo. 

O uso de Business Intelligence (BI) pode ser particularmente útil ao analisar dados para obter insights que embasem decisões estratégicas nas negociações.

4. Contencioso

O contencioso é uma representação de clientes em disputas judiciais, ou seja, os advogados apresentam argumentos perante tribunais, juízes e júris para defesa dos interesses do contratante. 

Além de serem habilitados intelectualmente na apresentação oral e escrita, os advogados também podem usar um software jurídico para organizar documentos, monitorar prazos, por exemplo

5. Consultoria jurídica

A consultoria jurídica envolve fornecimento de orientações jurídicas estratégicas a empresas e indivíduos. 

Sendo assim, os advogados oferecem insights e análises fundamentadas para auxiliar seus clientes na tomada de decisões assertivas. 

Desse modo, a gestão de casos jurídicos desempenha um papel importante na organização e no acompanhamento dessas orientações.

À medida que a tecnologia avança, os advogados estão cada vez mais incorporando soluções de software jurídico e ferramentas de análise para aprimorar sua eficiência.

GERENCIAMENTO DE EQUIPES JURÍDICAS DE RESULTADOS

Como é o trabalho de um advogado?

Os advogados desempenham um papel fundamental em nossa sociedade, pois eles são os defensores da justiça, protegendo os direitos de indivíduos e organizações. 

No entanto, o trabalho desse profissional é diversificado e desafiador, pois envolve uma combinação de pesquisa, redação, comunicação, negociação e representação legal. 

Portanto, eles dedicam tempo significativo para entender as necessidades de seus clientes, analisar informações, desenvolver estratégias jurídicas e, em alguns casos, comparecer a audiências ou julgamentos. 

Porém, um desafio enfrentado é a dificuldade em mensurar o tempo gasto em cada atividade, pois o trabalho dos advogados varia em complexidade e duração. 

É nesse cenário que o Sistema de Pontuação por Tarefas se torna uma solução eficiente e valiosa.

Benefícios do Sistema de Pontuação por Tarefas

Quais são as características de um advogado?

Para se destacar na advocacia na era digital, os advogados devem possuir um conjunto diversificado de características que complementem suas habilidades jurídicas e intelectuais. 

Afinal, estas características os tornam eficazes na resolução de questões legais, e os capacitam a navegar pelo cenário digital. Veja algumas características essenciais:

1. Habilidade de pesquisa

A habilidade de pesquisa é uma competência fundamental para os advogados, tanto na era digital quanto em qualquer outra. 

Para compreender casos complexos e apresentar argumentos sólidos, os advogados precisam ser mestres em análise e analisar informações jurídicas. 

A capacidade de utilizar ferramentas de pesquisa online e bancos de dados jurídicos é ainda mais crítica na era digital, onde a informação está ao alcance dos dedos.

2. Comunicação clara

Os advogados devem ser comunicadores assertivos, seja na escrita ou na fala, pois a capacidade de argumentos articulados e convincentes é essencial para representar os interesses dos clientes. 

Na era digital, isso também se estende à comunicação por escrito em e-mails, mensagens e documentos eletrônicos, onde a clareza é ainda mais necessária.

3. Pensamento crítico

O pensamento crítico e o raciocínio jurídico são habilidades cruciais para advogados. 

Pois, eles procuram analisar detalhes complexos, identificar questões-chave e desenvolver estratégias jurídicas embasadas. 

Então, no cenário atual, o volume de informações pode ser avassalador, tornando o pensamento crítico ainda mais vital para filtrar o que é relevante.

4. Adaptabilidade tecnológica

A era digital trouxe uma série de avanços tecnológicos que afetam diretamente a prática jurídica. 

Os advogados precisam se adaptar às novas tecnologias, como software jurídico, sistemas de gerenciamento de casos e comunicação online. 

Sendo assim, a habilidade de utilizar essas ferramentas de maneira eficaz melhora a eficiência e a produtividade.

5. Ética profissional

A ética profissional é um pilar fundamental da advocacia, independentemente da época em que atua. 

Portanto, os advogados devem manter os mais altos padrões de integridade, confidencialidade e responsabilidade em sua prática. 

Na era digital, a ética também se estende ao uso responsável da tecnologia, à proteção dos dados dos clientes e à conformidade com as regulamentações de privacidade.

Ter essas características não apenas ajuda os advogados a ter sucesso na advocacia, mas também a prosperar na era digital em ascensão. 

Quais são as funções e habilidades do advogado do futuro?

A pesquisa Futuro das Profissões Jurídicas, realizada pela FGV identificou 27 novas funções emergentes que estão moldando o futuro da advocacia na era digital. 

Essas funções se enquadram em 11 categorias, refletindo as mudanças trazidas pelo avanço tecnológico e as novas demandas do setor jurídico. Confira:

A pesquisa supracitada também enfatiza a importância das “soft skills”, como a capacidade de trabalhar em equipe e se adaptar às mudanças. 

Portanto, um sistema de pontuações por tarefas pode ajudar os advogados a acompanhar e melhorar suas habilidades pessoais, à medida que lidam com tarefas relacionadas a projetos e colaboração.

Em resumo, o trabalho intelectual do advogado está evoluindo na era digital, com a necessidade de adaptação a novas tecnologias e a expansão das áreas de atuação.

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Vídeo descritivo sobre Direito e Economia: intervenção do Judiciário na Economia, em conteúdo da ADVBOX sobre Direito, Tecnologia e Gestão.

Clique aqui para assistir o episódio no Youtube e também a parte 2, mas se preferir, segue o roteiro…

Qual é o objetivo do Poder Judiciário?

Um advogado experiente sabe que o principal objetivo do Poder Judiciário não é a justiça, mas sim a paz social e a preservação da riqueza do estado. Sendo assim, isso implica o bom funcionamento da economia.

Pense comigo: o PIB do país é a soma de 4 coisas:

  1. Consumo das famílias;
  2. Investimentos;
  3. Gastos do Governo;
  4. Saldo das Importações e Exportações.

Trabalhadores e aposentados são os geradores de demanda. Aumentar seus rendimentos significa ampliar o consumo do país. Por outro lado, as empresas são as geradoras de investimentos. Já os gastos do governo são os salários dos funcionários, as obras e licitações, os gastos das Forças Armadas e, inclusive, os gastos com o Poder Judiciário, os quais no Brasil são em média 2% do PIB.

Quais são as formas de intervenção do Estado?

Ademais, o Estado intervém de várias maneiras na economia brasileira, sendo o Judiciário uma delas.

Inicialmente foi com a Justiça do Trabalho. O governo percebeu que ao condenar muito as empresas a pagarem maiores direitos aos trabalhadores, a população passou a ter mais dinheiro na mão.

À vista disso, quanto mais compram, mais as empresas vendem. Todavia, chega a um ponto que as famílias param de gastar e passam a economizar.

Posto isso, com salários crescendo e a demanda estagnada, as empresas ficam sufocadas.

O Estado percebeu, então, que ao reduzir o valor das condenações a economia volta a crescer, tendo em vista que sobra dinheiro para investir. Dessa forma, o Estado passou a usar a Justiça do Trabalho para essa “gangorra”: ora aumentar a renda dos trabalhadores e a demanda da economia; ora reduzindo a renda e aumentando a margem das empresas para investirem.

No entanto, isso foi só o começo.

Qual a relação do Estado com o INSS?

O Estado percebeu que pode influenciar mais nessa balança. Ao desalinhar as decisões da Justiça Federal com as do INSS, criou o enorme Mercado Previdenciário.

Pense o seguinte: Se o Judiciário acompanhar exatamente as decisões do INSS em tudo, existiriam advogados previdenciários? A resposta é não.

Vale salientar que na maioria dos países não há esse desalinhamento.

Assim sendo, se criou um grande estoque de processos previdenciários com valores em atraso. O Estado criou uma dívida interna gigantesca, usando esta para incentivar ou desincentivar o consumo.

Quanto mais complexas as regras dos benefícios, mais motivos para intervir na economia.

Qual a relação do Direito Tributário com a economia?

Além disso, algo parecido foi feito com o Direito Tributário, tendo em vista que ninguém sabe se está pagando certo os impostos.

Várias teses tributárias geram um grande estoque de processos com dezenas de julgamentos pendentes que podem derramar dinheiro no caixa de milhares de empresas ou reduzir fortemente os tributos, o que é um grande incentivo ao investimento.

Isso acontece no Direito do Consumidor, de Trânsito, Imobiliário, Bancário e também no Administrativo.

Qual a influência da Repercussão geral do STF?

Nos últimos 4 anos o Judiciário tem incentivado o investimento, favorecendo empresas. Ademais, reduziu as condenações trabalhistas e previdenciárias e reduziu as cobranças de impostos das empresas.

Para confirmar isto, basta acompanhar as decisões de Repercussão Geral do STF.

Assim sendo, acompanhar essas informações é essencial para definir a estratégia do escritório de advocacia. Então, se você é advogado da área social e anda chateado com a jurisprudência desfavorável: calma, dias melhores virão.

Por outro lado, se você é advogado da área empresarial e acredita que a jurisprudência será favorável para sempre, está muito enganado. Cuidado, faça uma reserva.

Lembre-se sempre que a Justiça em um país capitalista é cíclica e refém das necessidades do mercado.

É fácil ser advogado no Brasil?

É melhor viver e advogar em um país onde quase toda a população é pobre, mas tudo que é necessário é muito barato, ou é melhor viver e advogar em um país que a grande maioria da sociedade é rica, mas tudo que é necessário é caro?

Sendo assim, compare as duas situações hipotéticas:

Você é o dono de um escritório de advocacia ou de uma empresa. Na situação 1, seu negócio fica localizado em uma cidade onde todos ganham bem. Se parar qualquer pessoa na rua, esta terá R$ 1.000,00 para gastar sem pensar.

Por outro lado, na situação 2, seu negócio é localizado em uma cidade onde todos ganham mal. Se parar alguém aleatório, vai ser difícil que tenha mais que R$ 10,00 na carteira.

Responda: em qual situação o seu negócio tem mais chance de evoluir?

Talvez na situação 1, pois será muito fácil vender seus serviços por um bom valor. No entanto, para viver nessa cidade seus empregados devem que ganhar bem, pois possivelmente tudo irá ser caro, certo?

Todavia, se você, como empregador, pagar bem à todos, irá sobrar muito pouco de dinheiro, ou quase nada, para seu sustento.

É muito difícil empreender no Brasil?

Esse é o dilema do empresário.

Ele possui interesse que seus clientes recebam muito bem, mas também que seus empregados ganhem mal. Quanto mais empregados, maior é o interesse para pagar mal.

Se você não possui empregados e advoga sozinho, é perfeito viver na situação 1. Por outro lado, se você emprega 100 advogados, então talvez seja melhor a situação 2.

Posto isso, o Judiciário cria incentivos e desincentivos ao consumo e ao investimento, podendo ser feito de forma segmentada.

O STJ, STF e TST podem suavemente favorecer um setor específico da economia, reduzindo condenações.

Já o Judiciário pode fazer isso apenas com um ou alguns setores da economia, como restringir condenações trabalhistas apenas contra montadoras, bancos, agronegócios e aplicativos.

Tal atitude irá favorecer o crescimento desses setores. É como se algumas empresas estivessem na situação 1 para vender, mas na situação 2 para pagar os seus trabalhadores na mesma cidade.

Qual a importância da análise econômica do Direito?

Essa análise econômica do Direito pesa cada vez mais nas decisões do Judiciário e em todas as áreas do Direito.

Para definir uma estratégia de atuação do escritório é importante estar ciente não apenas do momento da economia, mas também de quais setores estão se favorecendo com as decisões tomadas pelos Tribunais Superiores e qual é a tendência.

Não é necessário mudar de área do Direito, mas escolher o público certo, tendo em vista que cada público se liga a um setor da economia.

O mercado tende ao exagero e a extrema concentração. Sem as correções do Estado e do Judiciário, o mercado entra em crise, colapsa e não consegue mais sair dessa crise.

À vista disso, o Poder Judiciário aprendeu a não realizar cortes drásticos nas decisões, pois precisa intervir suavemente para que a economia atinja o máximo do seu potencial.

Após as Reformas Trabalhista e Previdenciária, por exemplo, o Judiciário acompanhou o Governo e cortou custos através de julgamentos, mas dentro de um limite que não acabou com o mercado jurídico trabalhista e previdenciário. No entanto, apertou bastante.

Esse é o ajuste fino da economia feito pelo Judiciário, o qual o bom gestor jurídico precisa conhecer e acompanhar as posições dos Ministros do TST, STJ e STF. Além disso, é necessário acompanhar as noticias e entender como está a economia.

Por fim, para concluir, falta responder a pergunta inicial: Qual é a melhor situação para os advogados?

Com certeza a opção 1, pois quanto maior a renda da população e quanto maior o salário geral dos trabalhadores, mais prosperidade terão os escritórios de advocacia, os quais são dependentes da condição das famílias e das empresas.

Direito e Economia

ADVBOX trará novos conhecimentos sobre Direito, Tecnologia e Gestão, apresentando temas inovadores para advogados e advogadas pensarem na sua profissão com uma visão aprimorada de negócios.

O programa será composto por episódios que vão ao ar todas as terças-feirasàs 17h.

Para assistir este episódio sobre Direito e Economia, basta clicar aqui.

Não esqueça de conferir a Parte 2, basta clicar aqui.

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